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LUTO A COVID-19 E A MEA-CULPA

Promotor de Justiça chama para uma autoanálise sobre as mais de 500 mil mortes no Brasil

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A pandemia de Covid-19 (Coronavírus) matou mais de 500 mil brasileiros e deixou cerca de 20 milhões de infectados. O Brasil é o segundo país do mundo em mortes por milhão de habitantes, entre os países com população acima de 20 milhões (fonte revista “Isto É”, de 30.04.21, que extraiu os dados nas plataformas Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford – Reino Unido, e Worldometer).

 

O Japão tem 126,3 milhões de habitantes (2019) e o Brasil cerca de 211 milhões. Enquanto o número de mortos no Brasil ultrapassou a marca de meio milhão, no Japão esse número é de menos de 15 mil pessoas (fonte Our World In Data), sendo que em junho deste ano no Brasil cerca de 13,1% da população estava totalmente vacinada e no Japão, cerca de 13,9% (mesma fonte acima).

 

Chama a atenção essa disparidade no número de mortos, comparando-se o Brasil e o Japão, considerando-se que os percentuais de pessoas totalmente vacinadas em ambos os países são próximos. A vacinação, nessa comparação, é a questão central para explicar tal diferença? Nessa situação, parece que não. Como explicar isso? Não se trata de questionar a importância da imunização da população através da vacina, mas sim de se saber porque tantas mortes no Brasil, mas no Japão, como parâmetro, felizmente foi diferente.

 

O QUE SERIA?

Além da Covid-19 propriamente, quem mais tem “culpa” pela morte de tantos brasileiros? O que teria contribuído ou concorrido para esse grande número de mortes? Seria o negacionismo científico de governantes? Seria a demora na aquisição de vacinas e insumos pelo governo federal? Seria a adoção e execução de tratamentos médicos por profissionais de saúde sem base científica? Seria à demora na implementação de um plano geral de imunização pelo ente federal? Seria a polarização política no Brasil?

 

Seria a má administração dos gestores públicos de saúde federal, estaduais e municipais? Seria o desvio de recursos de combate à pandemia para outras finalidades? Seria o desvio de recursos destinados à pandemia por atos de corrupção? Seria a ausência de estudos profundos sobre a doença e seus efeitos ou a corrida contra o tempo para pesquisas? Seria a demora na aprovação de vacinas pela Anvisa? Seria a ausência de propaganda pública de orientação da população sobre essa doença? Seria desacreditar a importância da vacinação?

 

Seria a rotulagem negativa ou a priorização entre uma e outra vacina? Seria à aglomeração voluntária de pessoas, violando as recomendações das autoridades? Seria a omissão de autoridades responsáveis pela fiscalização? Seria a falta de conscientização ou mesmo descaso da população? Seria a falta de disciplina e de respeito ao próximo? Seria a ausência deliberada do uso de máscaras quando necessário fazê-lo? Seria o retardamento da vacinação por ato voluntário do cidadão, quando quer “escolher” a vacina? Seriam as mentiras – fake news – sobre esses assuntos? Sobre tudo isso, pensemos, quem é que faz mea-culpa? Talvez diria Albert Einstein, diante desse triste contexto: “A mais grave das faltas é não ter consciência de falta alguma”. 


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