Polícia
INVESTIGAÇÃO POLÍCIA DE ILHA SOLTEIRA PRENDE SUSPEITOS PELO SUMIÇO DA TRANS CARMEM

Foram presos temporariamente o namorado da estudante e um policial militar ambiental da reserva

Faltando apenas dois dias para completar um mês do desaparecimento da estudante trans da Unesp, Carmem de Oliveira Alves, de 25 anos, a Polícia Civil de Ilha Solteira prendeu temporariamente duas pessoas suspeitas de terem envolvimento com o caso. Os suspeitos foram identificados após minucioso trabalho de investigação.

 

Os mandados de prisão temporária de 30 dias, expedidos pela Justiça Estadual, foram cumpridos na tarde de ontem (10). Carmem foi vista pela última vez no dia 12 de junho, quando deixou o campus da universidade, após fazer uma prova. Ela era estudante de zootecnia e deixou o local usando uma bicicleta elétrica de cor preta.

 

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Miguel Rocha, durante o processo de investigação que incluiu a análise de imagens de câmeras de segurança e quebra de sigilo telefônico da vítima, foi apurado que o último local onde ele esteve foi na casa do namorado, que fica em um assentamento.

 

Foram presos temporariamente o namorado de Carmem e um policial militar ambiental da reserva.

 

De acordo com o delegado, a investigação que era tipificada como desaparecimento de pessoa, agora passa a ser feminicídio, embora não tenha sido encontrado o corpo e nem vestígios da estudante Carmem.

 

QUEBRA DE SIGILO TELEFÔNICO

Em entrevista coletiva no início da noite de ontem (10), o delegado Miguel Rocha informou à imprensa que pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos e teve acesso a informações que indicam que Carmen não saiu de Ilha Solteira.

 

Além disso, o rastreamento do celular da estudante apontou que o último lugar em que ela esteve foi na casa do namorado, no assentamento. Imagens de câmera de segurança também mostram que ela saiu da Unesp, entrou na residência do namorado, mas não saiu do local.

 

Conforme o delegado, a investigação apontou que os suspeitos mataram Carmen e ocultaram o corpo. “Eles ainda não foram ouvidos no sentido de uma confissão. Mas, essa oitiva ainda vai ocorrer”, disse Rocha.

 

COMOÇÃO

Durante as buscas, familiares afirmaram que Carmen nunca havia desaparecido antes. O caso gerou comoção pública e, além da polícia, familiares e amigos também fizeram um movimento para encontrar a estudante. Várias manifestações também foram feitas em Ilha Solteira pedindo respostas para o caso.

 

Entre os locais vasculhados estavam a região próxima ao rio da cidade, onde o sinal do celular de Carmen foi captado pela última vez. Também foram realizadas buscas em uma área de mata próxima à universidade, onde foram encontradas marcas de pneus compatíveis com os da bicicleta elétrica que ela usava no momento do desaparecimento.


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