A prefeita de Birigui, Samanta Borini (PSD), precisou usar suas redes pessoais (Instagram e Facebook) para esclarecer sobre o óbito de três bebês, considerados natimortos, ocorridos entre os dias 22 e 27 de maio, no município.
O assunto foi abordado durante todo o dia por páginas nas redes sociais, gerando inúmeras especulações e até ataques a atual administração, a Santa Casa da cidade e contra a própria prefeita.
No vídeo gravado no Centro Médico, da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado no início da noite desta terça-feira (27), Samanta falou diretamente aos seus quase 23 mil seguidores. Segundo ela, foi até o local para buscar informações verídicas e documentais sobre os três casos.
A prefeita explicou que um dos casos teve duplicidade na divulgação por uma funerária da cidade e o horário do sepultamento mudado. O óbito teria ocorrido após uma sequência de infecções urinárias sofridas e tratadas com antibióticos pela gestante, cuja gestação foi interrompida com 23 semanas ao ser verificada a morte do bebê.
O outro caso, o óbito ocorreu com 33 semanas de gestação e se tratava de uma gravidez de alto risco. A gestante era acompanhada por equipe especializada no AME de Araçatuba. O bebê tinha má formação com comorbidades intrauterinas, fazendo com que ela não resistisse. O parto foi realizado na Santa Casa de Araçatuba, onde há a UTI Neonatal. No entanto, mesmo com todo o cuidado, a criança foi a óbito.
O caso mais recente, o parto ocorreu na Santa Casa de Birigui, na última segunda-feira (26/05). “Era um parto gemelar, onde uma das crianças durante a gestação parou de se desenvolver e o coraçãozinho parou de bater. Então a família já sabia disso, a gravidez foi levada até o final porque tinha a outra criança desenvolvendo. Então, a família foi para a Santa Casa sabendo que um dos bebês não tinha mais vida”, explicou a prefeita.
Nenhum dos casos chegou até os hospitais a termo, que é o tempo certo de nascer.
Os casos foram classificados como natimorto devido os óbitos terem ocorrido dentro do útero materno ou durante o trabalho de parto.
De acordo com a Legislação Brasileira, natimorto é o termo designado para casos que ocorreram em gestações igual ou superior à 20ª semana de gravidez, que tem um peso corporal igual ou superior a 500 gramas e, obviamente, quando não for auscultado batimentos cardíacos.
